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UM OLHAR SOBRE A FRAGILIDADE MASCULINA

Há cinco anos sou psicóloga da consultoria Capaz, posso afirmar que o nosso público é 95% masculino, atendemos homens de várias áreas de trabalho com diferentes cargos, observo que ainda nos dias atuais a cultura que o homem é forte e não adoece, aparecem de forma implícita.

O olhar que quero trazer com esse tema é o quanto o homem também é frágil, simplesmente por ser um ser humano, muitos trabalham em áreas de alto risco como: espaço confinado, altura, atividades com exposição ao sol, chuva, offshore e etc. O contato direto com o fator risco para muitos é uma rotina, sendo natural acarretar anseios sobre sua existência.

O padrão também histórico que o homem é o provedor ocasiona estímulo estressor para o mesmo, e falta de diálogos sobre os próprios sentimentos, agrava a omissão de cuidados com o corpo e mente. De maneira obrigatória, para a grande maioria, os exames periódicos são os únicos que se submetem no decorrer do ano, afinal é uma exigência do ministério do trabalho.   

A busca de um lugar ao mundo é tão automática que é possível esquecer de viver a respectiva vida de modo saudável. Logo, nossa tarefa diante da problemática é mostrar para esses indivíduos o quanto eles são importantes para eles mesmos e para família, através do autoconhecimento, das relações humanas e do retrato do desenvolvimento da própria história profissional e pessoal.

A dificuldade de não expressar os anseios com a própria família, amigos ou psicólogo, faz com que o indivíduo vivencie os acontecimentos internos e externos sozinho, sendo possível adquirir “doenças” do século como: depressão, ansiedade, estresse.

A autoestima é construída no decorrer da vida, através do conviveu familiar e social. Logo, a qualidade das relações interpessoais no desenvolvimento humano traça sua sabedoria do próprio cuidado, a importância que dedicamos para a nossa saúde física e mental, está diretamente relacionada a decisão de me manter saudável para continuar vivendo com a família que nasci ou construí. Então, se você tem uma família ou pretende formar a sua, se cuida, tenha amor pela própria existência, tenha afeto pelo próprio corpo, faça exames periódicos por conta própria, cuide da mente, procurar um psicólogo é um ato de inteligência, é ter domínio pela própria vida, no sentido de se conhecer e saber os próprios limites, simplesmente por ser um ser humano.

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